segunda-feira, 29 de junho de 2009
sexta-feira, 26 de junho de 2009
QUEM É JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES
QUEM É JOAQUIM BENEDITO BARBOSA GOMES
ESTA LEITURA, BEM COMO SUA REFLEXÃO, É OBRIGATÓRIA
Joaquim Barbosa: Por dizer a verdade
Análise política
Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.
Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do
Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003,
quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o
único negro entre os atuais ministros do STF.
Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de
outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais.
É o primogênito de oito filhos.
Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família
quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na
gráfica do Correio Brasiliense e terminou o segundo grau, sempre
estudando em colégio público.
Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília,
onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Prestou concurso público para Procurador da República e foi
aprovado.
Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos,
tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade
de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito
Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor
concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de
direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e
Visiting Scholar na Universidade da California, Los Angeles
School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na
Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É
fluente em francês, inglês e alemão.
O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam
de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado
facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro.
“E o que mostra esse currículo?”, perguntarão vocês. Antes de
responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim
Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à
diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou
lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF
jamais sequer sonharam em enfrentar.
_Não se quer aceitar, nesse debate – ou melhor, a mídia, a
direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não
querem aceitar –, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho
racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal_, pois
esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o
terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a
Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e
por Hermenegildo de Barros (1919 a 1937).
E quem é o STF hoje no Brasil? Acabamos de ver recentemente nos
casos Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a
porta por onde os ricos escapam de seus crimes.
Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de
origem pobre numa Corte quase que exclusivamente branca nos
últimos mais de cem anos, que julga uma maioria descomunal de
causas que beneficiam a elite branca e rica do país.
Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes,
apenas repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes,
advogados, jornalistas, acadêmicos de toda parte do Brasil e do
mundo, que o atual presidente do Supremo, com suas polêmicas
midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que não se
sustentam e que ele até já reconheceu que “podem” não ter
existido – depois de toda palhaçada que fez –, desserve à
instituição que preside e ao próprio conceito de Justiça.
Gilmar Mendes pareceu-me ter querido “pôr o negrinho em seu
lugar”, e este, altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com
todas as letras, que não o confundisse com “um dos capangas” do
supremo presidente “em Mato Grosso”.
Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre “Mato
Grosso”, mas preferiu o silêncio. Esperemos...
Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu
juízo, pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça
brasileira. Enquanto houver um só que enfrente uma luta
aparentemente desigual para si simplesmente para dizer o que
falam quase todos, porém sem que os poucos poderosos dêem
ouvidos, haverá esperança.
Enquanto um resistir, resistiremos todos.
Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite
branca da nação, e está sendo combatido por isso e por
simplesmente dizer a verdade em meio a um mar de hipocrisia. O
Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja a verdade mais
importante, pois dará conseqüência aos fatos, se Deus quiser.
-“Vossa excelência está destruindo a Justiça desse país e vem
agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar.
Vossa excelência não está na rua, está na mídia, destruindo a
credibilidade do Judiciário
brasileiro. Vossa excelência, quando se dirige a mim, não está
falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar.
ESTA LEITURA, BEM COMO SUA REFLEXÃO, É OBRIGATÓRIA
Joaquim Barbosa: Por dizer a verdade
Análise política
Joaquim Benedito Barbosa Gomes é o nome dele.
Conhecido como Joaquim Barbosa, apenas, ele é ministro do
Supremo Tribunal Federal do Brasil desde 25 de junho de 2003,
quando nomeado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. É o
único negro entre os atuais ministros do STF.
Joaquim Barbosa nasceu no município mineiro de Paracatu em 7 de
outubro de 1954 (54 anos), noroeste de Minas Gerais.
É o primogênito de oito filhos.
Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família
quando estes se separaram.
Aos 16 anos foi sozinho para Brasília, arranjou emprego na
gráfica do Correio Brasiliense e terminou o segundo grau, sempre
estudando em colégio público.
Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília,
onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
Prestou concurso público para Procurador da República e foi
aprovado.
Licenciou-se do cargo e foi estudar na França por quatro anos,
tendo obtido seu Mestrado em Direito Público pela Universidade
de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e seu Doutorado em Direito
Público pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1993.
Retornou ao cargo de procurador no Rio de Janeiro e professor
concursado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da faculdade de
direito da Universidade Columbia em Nova York (1999 a 2000), e
Visiting Scholar na Universidade da California, Los Angeles
School of Law (2002 a 2003).
Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na
Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha. É
fluente em francês, inglês e alemão.
O currículo do ministro do STF Joaquim Barbosa que vocês acabam
de ler foi extraído da Wikipédia, mas pode ser encontrado
facilmente nos arquivos dos órgãos oficiais do Estado Brasileiro.
“E o que mostra esse currículo?”, perguntarão vocês. Antes de
responder, quero dizer que o histórico de vida de Joaquim
Barbosa pesa muito neste caso, porque mostra que ele, à
diferença de seus pares, é alguém que chegou aonde chegou
lutando contra dificuldades imensas que os outros membros do STF
jamais sequer sonharam em enfrentar.
_Não se quer aceitar, nesse debate – ou melhor, a mídia, a
direita, o PSDB, o PFL, os Frias, os Marinho, os Civita não
querem aceitar –, que Joaquim Barbosa é um estranho no ninho
racialmente elitista que é o Supremo Tribunal Federal_, pois
esse negro filho de pedreiro do interior de Minas é apenas o
terceiro ministro negro da Corte em 102 anos, conforme a
Wikipédia, tendo sido precedido por Pedro Lessa (1907 a 1921) e
por Hermenegildo de Barros (1919 a 1937).
E quem é o STF hoje no Brasil? Acabamos de ver recentemente nos
casos Daniel Dantas, Eliana Tranchesi etc. É o que sempre foi: a
porta por onde os ricos escapam de seus crimes.
Joaquim Barbosa é isolado por seus pares pelo que é: negro de
origem pobre numa Corte quase que exclusivamente branca nos
últimos mais de cem anos, que julga uma maioria descomunal de
causas que beneficiam a elite branca e rica do país.
Sobre o que ele disse ao presidente do STF, Gilmar Mendes,
apenas repercutiu o que têm dito, em ampla maioria, juízes,
advogados, jornalistas, acadêmicos de toda parte do Brasil e do
mundo, que o atual presidente do Supremo, com suas polêmicas
midiáticas, com denúncias de grampos ilegais que não se
sustentam e que ele até já reconheceu que “podem” não ter
existido – depois de toda palhaçada que fez –, desserve à
instituição que preside e ao próprio conceito de Justiça.
Gilmar Mendes pareceu-me ter querido “pôr o negrinho em seu
lugar”, e este, altivo, enorme, colossal, respondeu-lhe, com
todas as letras, que não o confundisse com “um dos capangas” do
supremo presidente “em Mato Grosso”.
Falando nisso, a mídia poderia focar nesse ponto, sobre “Mato
Grosso”, mas preferiu o silêncio. Esperemos...
Finalmente, esse episódio revelou-se benigno para a nação, a meu
juízo, pois mostrou que ainda resta esperança para a Justiça
brasileira. Enquanto houver um só que enfrente uma luta
aparentemente desigual para si simplesmente para dizer o que
falam quase todos, porém sem que os poucos poderosos dêem
ouvidos, haverá esperança.
Enquanto um resistir, resistiremos todos.
Joaquim Barbosa é um estranho no ninho do STF, entre a elite
branca da nação, e está sendo combatido por isso e por
simplesmente dizer a verdade em meio a um mar de hipocrisia. O
Brasil inteiro sabe disso e essa talvez seja a verdade mais
importante, pois dará conseqüência aos fatos, se Deus quiser.
-“Vossa excelência está destruindo a Justiça desse país e vem
agora dar lição de moral em mim. Saia à rua, ministro Gilmar.
Vossa excelência não está na rua, está na mídia, destruindo a
credibilidade do Judiciário
brasileiro. Vossa excelência, quando se dirige a mim, não está
falando com os seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar.
domingo, 14 de junho de 2009
Dicas para se falar e escrever bem o português
A ler o jornal, li esta página e achei interessante.
TRIBUNA DO PARANÁ DO DIA 08/06/09 Dicas para se falar e escrever bem o português ***
"O caráter dá esplendor à juventude e respeito à velhice."Émerson***
1. Asfixia - A perícia concluiu que a causa da morte daquela criança foi uma asfixia provocada por estrangulamento. A palavra "asfixia" tem sua origem no termo grego asphyksía, as e designa a interrupção da respiração e da circulação sanguínea por estrangulamento, submersão etc. Por extensão, asfixia pode significar também falta de condições para o exercício de uma atividade, faculdade etc.: O despotismo causa a asfixia das liberdades individuais.
2. Tão só tão somente. São duas formas de igual sentido. E atenção! Elas perderam o hífen. A grafia, segundo o acordo ortográfico, é sem hífen.
3. Verbo implicar. Observe as regências diversas:a) Ter implicância com. Ex.: Ele está implicando com a empregada.b) Comprometer-se, enredar-se. Pede a preposição em.: Ela costumava implicar-se em situações embaraçosas.c) Trazer como consequência, acarretar (transitivo direto): Aprender bem um idioma implica muito estudo e paciência.
4. Subsídio. Subsistir. Utensílio. Note que a pronúncia correta é: subsídio (sí, e não zí); subsistir (sis, e não zis); utensílio (sí, e não zí).
5. A abreviatura de general é gal.? Não, senhor! Gal é o nome da cantora! A abreviatura de general é gen. A abreviatura de coronel é c.el.
6. O correto é privilégio, e não "previlégio".
7. Nós nos adequamos às novas regras. Eu me adequava. Eu me adequei. Até aqui, tudo bem. Mas, adequar é verbo defectivo, só se usa nas formas arrizotônicas (que têm acento tônico fora do radical). Não se pode, por exemplo, dizer: "Ele não se adequa a nosso jeito". Use, em seu lugar, um sinônimo, como "adaptar" ou "ajustar". O único gramático que defende o ponto de vista contrário (regularidade do verbo adequar) é um gaúcho que se chama Adalberto Kaspary. 8. "Tais palavras não se podiam ouvir, quanto mais crer" (Vieira). Tal expressão é usual no falar cotidiano do brasileiro.
9. "Vamos cultivar a paz com nós mesmos." Pode parecer estranho, mas é correto.
10. Malferido escreve-se assim mesmo, sem hífem. Quer dizer: seriamente, ou mortalmente, ferido. O verbo é malferir.
11. Mal-educado, mal-entendido, mal-empregado. Escrevem-se assim, todos com hífen.
12. O plural de má-criação é más-criações. Significa grosseria, incivilidade. Não esquecer o hífen! PEGADINHAS:- a) Ele tem dois carros. Eles têm um carro.- b) Ele intervém nas discussões.Eles intervêm nas discussões.Respostas:- a) Correto. Mantém-se o acento diferencial circunflexo entre o singular e o plural, no verbo "ter" e seus derivados, no presente do indicativo.- b) Correto. Mantém-se ainda tal acento nas mesmas condições, no verbo "vir" e seus derivados. Gratos a todos pela colaboração. Por hoje, é só. Até o próximo domingo!
Albino de Brito Freire é juiz aposentado, é da Academia Paranaense de Letras. Leopoldo Scherner é da Academia Paranaense de Letras e professor universitário aposentado.
TRIBUNA DO PARANÁ DO DIA 08/06/09 Dicas para se falar e escrever bem o português ***
"O caráter dá esplendor à juventude e respeito à velhice."Émerson***
1. Asfixia - A perícia concluiu que a causa da morte daquela criança foi uma asfixia provocada por estrangulamento. A palavra "asfixia" tem sua origem no termo grego asphyksía, as e designa a interrupção da respiração e da circulação sanguínea por estrangulamento, submersão etc. Por extensão, asfixia pode significar também falta de condições para o exercício de uma atividade, faculdade etc.: O despotismo causa a asfixia das liberdades individuais.
2. Tão só tão somente. São duas formas de igual sentido. E atenção! Elas perderam o hífen. A grafia, segundo o acordo ortográfico, é sem hífen.
3. Verbo implicar. Observe as regências diversas:a) Ter implicância com. Ex.: Ele está implicando com a empregada.b) Comprometer-se, enredar-se. Pede a preposição em.: Ela costumava implicar-se em situações embaraçosas.c) Trazer como consequência, acarretar (transitivo direto): Aprender bem um idioma implica muito estudo e paciência.
4. Subsídio. Subsistir. Utensílio. Note que a pronúncia correta é: subsídio (sí, e não zí); subsistir (sis, e não zis); utensílio (sí, e não zí).
5. A abreviatura de general é gal.? Não, senhor! Gal é o nome da cantora! A abreviatura de general é gen. A abreviatura de coronel é c.el.
6. O correto é privilégio, e não "previlégio".
7. Nós nos adequamos às novas regras. Eu me adequava. Eu me adequei. Até aqui, tudo bem. Mas, adequar é verbo defectivo, só se usa nas formas arrizotônicas (que têm acento tônico fora do radical). Não se pode, por exemplo, dizer: "Ele não se adequa a nosso jeito". Use, em seu lugar, um sinônimo, como "adaptar" ou "ajustar". O único gramático que defende o ponto de vista contrário (regularidade do verbo adequar) é um gaúcho que se chama Adalberto Kaspary. 8. "Tais palavras não se podiam ouvir, quanto mais crer" (Vieira). Tal expressão é usual no falar cotidiano do brasileiro.
9. "Vamos cultivar a paz com nós mesmos." Pode parecer estranho, mas é correto.
10. Malferido escreve-se assim mesmo, sem hífem. Quer dizer: seriamente, ou mortalmente, ferido. O verbo é malferir.
11. Mal-educado, mal-entendido, mal-empregado. Escrevem-se assim, todos com hífen.
12. O plural de má-criação é más-criações. Significa grosseria, incivilidade. Não esquecer o hífen! PEGADINHAS:- a) Ele tem dois carros. Eles têm um carro.- b) Ele intervém nas discussões.Eles intervêm nas discussões.Respostas:- a) Correto. Mantém-se o acento diferencial circunflexo entre o singular e o plural, no verbo "ter" e seus derivados, no presente do indicativo.- b) Correto. Mantém-se ainda tal acento nas mesmas condições, no verbo "vir" e seus derivados. Gratos a todos pela colaboração. Por hoje, é só. Até o próximo domingo!
Albino de Brito Freire é juiz aposentado, é da Academia Paranaense de Letras. Leopoldo Scherner é da Academia Paranaense de Letras e professor universitário aposentado.
quarta-feira, 10 de junho de 2009
FOI PUBLICADO NA COLUNA DO HAIDAR NA REVISTA CONSULTOR JURÍDICO DE HOJE.
COLUNA DO HAIDAR
Tarso Genro confessa que descumpre decisão judicial
Por Rodrigo Haidar
O ministro Tarso Genro aproveitou o lançamento do Observatório da Justiça, na Universidade de Brasília, semana passada, para manifestar o apreço que tem por decisões judiciais. Recordando o episódio da invasão e ocupação da reitoria da UnB por estudantes no ano passado, o ministro da Justiça contou essa: “À época, eu recebi uma ordem judicial para determinar à Polícia Federal a retirada dos estudantes que ocupavam a reitoria. Mas eu disse à juíza que não daria prosseguimento, porque acredito que os alunos estavam agindo legitimamente contra uma situação que havia se estabelecido na universidade”.
Para o ministro, decisão judicial só se cumpre quando se concorda com ela. Taí um bom tema para inaugurar o Observatório da Justiça, orgão do Ministério da Justiça que se propõe a promover debates sobre a Justica e o Judiciário.
Justiça como piadaÀ época, a certeza de que a decisão de desocupação não seria cumprida era tanta que virou piada na UnB. Os estudantes criaram uma calculadora que multiplicava a multa fixada em R$ 5 mil por hora de descumprimento da decisão pelos dias de invasão. Na calculadora, o sarcasmo: “Estamos devendo 500 mil reais para a UnB”. Com a benção do ministro da Justiça.
Greve das togas
Não será surpresa se, em breve, juízes federais fecharem seus gabinetes por um tempo. Há um movimento crescente a favor de fazer greve para pressionar por recomposição salarial e pelo andamento de projetos de interesse da categoria. Juízes reclamam que seus quase R$ 21 mil de salário estão congelados há quatro anos e que as propostas que instituem adicional por tempo de serviço e reestruturam a Justiça Federal andam a passos de tartaruga no Congresso.
Resumo da ópera: a greve, se houver, é contra a inércia dos deputados, mas os prejudicados serão os jurisdicionados, que pagam a conta.
Lista de inimigos
Um grupo de advogados de Porto Alegre defende que a seccional gaúcha da OAB faça uma lista de inimigos, a exemplo do que faz a OAB de São Paulo. O objetivo é registrar os nomes das autoridades que ferem prerrogativas de advogados. O cadastro promete ser usado quando o “violador de prerrogativas” se aposentar e pedir inscrição nos quadros da Ordem. É praticamente um SPC da advocacia. Em São Paulo, a lista é conhecidíssima e condenada pelas autoridades.
FORA DOS AUTOS
O ministro e as mulheres ao volante.
Na 4ª Turma do STJ, semana passada, os ministros julgavam o recurso de uma seguradora que se negava a pagar o seguro porque o motorista havia se acidentado enquanto dirigia na contramão. Não faltaram críticas à política de seguradoras de repassar aos clientes todos os riscos de acidentes.
“As seguradoras pretendem passar todos os riscos para os motoristas. É o plano risco zero”, criticou o relator da causa, ministro Aldir Passarinho Júnior. “Ora, eu mesmo já entrei inadvertidamente em uma via na contramão. É um risco que existe”, afirmou João Otávio de Noronha. “No Rio de Janeiro, já quiseram instituir seguro mais caro para carros de policiais militares”, lembrou o ministro Luis Felipe Salomão.
O presidente da turma, Fernando Gonçalves, não perdeu a deixa: “Se fosse assim, o seguro de carro de mulher seria sempre mais caro”. A subprocuradora, do lado direito do ministro, e a secretária da turma, ao seu lado esquerdo, coraram.
O ministro Salomão tentou salvar a bola fora do colega: “Nestes casos, ministro, o seguro do veículo, na verdade, é mais barato”.
Gonçalves emendou, de bico: “O que não deixa de ser um paradoxo”.
COLUNA DO HAIDAR
Tarso Genro confessa que descumpre decisão judicial
Por Rodrigo Haidar
O ministro Tarso Genro aproveitou o lançamento do Observatório da Justiça, na Universidade de Brasília, semana passada, para manifestar o apreço que tem por decisões judiciais. Recordando o episódio da invasão e ocupação da reitoria da UnB por estudantes no ano passado, o ministro da Justiça contou essa: “À época, eu recebi uma ordem judicial para determinar à Polícia Federal a retirada dos estudantes que ocupavam a reitoria. Mas eu disse à juíza que não daria prosseguimento, porque acredito que os alunos estavam agindo legitimamente contra uma situação que havia se estabelecido na universidade”.
Para o ministro, decisão judicial só se cumpre quando se concorda com ela. Taí um bom tema para inaugurar o Observatório da Justiça, orgão do Ministério da Justiça que se propõe a promover debates sobre a Justica e o Judiciário.
Justiça como piadaÀ época, a certeza de que a decisão de desocupação não seria cumprida era tanta que virou piada na UnB. Os estudantes criaram uma calculadora que multiplicava a multa fixada em R$ 5 mil por hora de descumprimento da decisão pelos dias de invasão. Na calculadora, o sarcasmo: “Estamos devendo 500 mil reais para a UnB”. Com a benção do ministro da Justiça.
Greve das togas
Não será surpresa se, em breve, juízes federais fecharem seus gabinetes por um tempo. Há um movimento crescente a favor de fazer greve para pressionar por recomposição salarial e pelo andamento de projetos de interesse da categoria. Juízes reclamam que seus quase R$ 21 mil de salário estão congelados há quatro anos e que as propostas que instituem adicional por tempo de serviço e reestruturam a Justiça Federal andam a passos de tartaruga no Congresso.
Resumo da ópera: a greve, se houver, é contra a inércia dos deputados, mas os prejudicados serão os jurisdicionados, que pagam a conta.
Lista de inimigos
Um grupo de advogados de Porto Alegre defende que a seccional gaúcha da OAB faça uma lista de inimigos, a exemplo do que faz a OAB de São Paulo. O objetivo é registrar os nomes das autoridades que ferem prerrogativas de advogados. O cadastro promete ser usado quando o “violador de prerrogativas” se aposentar e pedir inscrição nos quadros da Ordem. É praticamente um SPC da advocacia. Em São Paulo, a lista é conhecidíssima e condenada pelas autoridades.
FORA DOS AUTOS
O ministro e as mulheres ao volante.
Na 4ª Turma do STJ, semana passada, os ministros julgavam o recurso de uma seguradora que se negava a pagar o seguro porque o motorista havia se acidentado enquanto dirigia na contramão. Não faltaram críticas à política de seguradoras de repassar aos clientes todos os riscos de acidentes.
“As seguradoras pretendem passar todos os riscos para os motoristas. É o plano risco zero”, criticou o relator da causa, ministro Aldir Passarinho Júnior. “Ora, eu mesmo já entrei inadvertidamente em uma via na contramão. É um risco que existe”, afirmou João Otávio de Noronha. “No Rio de Janeiro, já quiseram instituir seguro mais caro para carros de policiais militares”, lembrou o ministro Luis Felipe Salomão.
O presidente da turma, Fernando Gonçalves, não perdeu a deixa: “Se fosse assim, o seguro de carro de mulher seria sempre mais caro”. A subprocuradora, do lado direito do ministro, e a secretária da turma, ao seu lado esquerdo, coraram.
O ministro Salomão tentou salvar a bola fora do colega: “Nestes casos, ministro, o seguro do veículo, na verdade, é mais barato”.
Gonçalves emendou, de bico: “O que não deixa de ser um paradoxo”.
terça-feira, 2 de junho de 2009
T F
D I V UL G U E M
A filhinha de Min. do STJ é beneficiada numa maracutaia imoral, deixando para trás cerca de 300 candidatos aprovados em concurso. Depois ficam reclamando que os bandidos estão dominando o país. Que bandidos? Glória Maria Lopes Guimarães de Pádua Ribeiro Portella, filha do ministro do STJ Antônio de Pádua Ribeiro, aquela que entrou com queixa de assédio sexual contra o ministro do STJ Paulo Medina, acaba de conseguir uma decisão na justiça federal que é uma imoralidade e um desrespeito sem tamanho ao direito de candidatos a concursos públicos. O processo é a ação ordinária Nº 1998.34.00.001170-0 classe 1300, que está no Tribunal Regional Federal da 1ª região (http://www.trf1..gov.br/) Autora: Glória M P Ribeiro e Rés: a União Federal e a Fundação Universidade de Brasília. Glória Maria fez concurso público pela Cespe-Unb para o cargo de técnico-judiciário, área-fim em 27/05/95 para o STJ, onde seu pai é ministro. Foi reprovada na prova objetiva. Entrou com uma ação cautelar e, adivinhem, obteve liminar. Fez a prova da segunda fase, a prova discursiva. Foi reprovada novamente. Entrou com nova ação para ver seus pontos aumentados. Adivinhem: ganhou nova liminar e mais: foi "nomeada provisoriamente" e está ganhando esse tempo todo no tribunal do papai (desde 1995!). Detalhe: Havia tirado 13,45 pontos e pediu que esses pontos fossem elevados a 28,22. Parece brincadeira, mas conseguiu. Seus pontos foram elevados num passe de mágica. O caminho das pedras foi arranjar um "professor particular" (isso mesmo!) que corrigiu sua prova, para quem estava tudo mais que certinho, e praticar o tráfico de influência de seu pai ministro, Antônio Pádua Ribeiro. Aí veio o julgamento do mérito do caso. O juiz federal de Brasília (1ª Instância), José Pires da Cunha, não caiu nessa e refutou o pedido, que considerou ilegal e imoral e ainda condenou Glória Maria Pádua Ribeiro, nas custas e honorários de R$10.000,00 (ainda existem juízes!), mas houve recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª região e, adivinhem, os juízes Fagundes de Deus, João Batista e Antônio Ezequiel louvaram a candidata, analisaram tim-tim por tim-tim sua prova e aprovaram-na com louvor! Debalde a Universidade de Brasília (UNB) peticionou dizendo que a prova foi igual para todos e não seria justo que um professor escolhido pela candidata corrigisse sua prova, a não ser que o mesmo professor corrigisse a prova de todos. Não é justo? A UNB argumentou que, pela jurisprudência, o judiciário não corrige provas de concurso, devido à independência da banca examinadora e porque senão a Justiça não faria mais nada, a não ser se transformar numa super-banca dos milhares de concursos. Todo mundo sabe o que houve nos bastidores. Houve apostas no meio jurídico se a "banca Pádua Ribeiro" iria conseguir. Veio agora recentemente a sentença do TRF 1ª região, 5ª turma, que é mais um descalabro, mostrando a necessidade do controle externo. Pádua Ribeiro e sua patota espoliaram o verdadeiro dono da vaga, que disputou em igualdade de condições e passou. Passou e foi preterido! Glória Maria de Pádua Ribeiro ganhou no tapetão sujo do tráfico de influência. De 13 pontos passar a 28, quando um décimo (veja bem: um décimo) já elimina muitos candidatos! A sentença analisa as preposições, as conjunções, a virgulação, a ortografia da redação, acatando a tese da "banca Pádua Ribeiro". Nem tudo está perdido. Existe recurso para o STJ, e todos esperam que a União Federal, a Advocacia da União e o Ministério Público Federal não fiquem coniventes. Se Glória Maria Pádua Ribeiro perder a causa, perde o cargo e o verdadeiro dono da vaga, pobre mortal sem padrinhos, será chamado. E agora vem a chave de ouro, a deixar claro que este País não é sério mesmo. O mesmo Pádua Ribeiro, ministro do STJ, pai da falcatrua acima relatada e de muitas outras praticadas por sua mulher, a famosa "Glorinha", está prestes a assumir o cargo de Corregedor do Conselho Nacional de Justiça (o chamado controle externo), conforme noticiado nos jornais. Parece gozação!... Divulguem. Divulguem. Vamos acabar com essa pouca vergonha!
D I V UL G U E M
A filhinha de Min. do STJ é beneficiada numa maracutaia imoral, deixando para trás cerca de 300 candidatos aprovados em concurso. Depois ficam reclamando que os bandidos estão dominando o país. Que bandidos? Glória Maria Lopes Guimarães de Pádua Ribeiro Portella, filha do ministro do STJ Antônio de Pádua Ribeiro, aquela que entrou com queixa de assédio sexual contra o ministro do STJ Paulo Medina, acaba de conseguir uma decisão na justiça federal que é uma imoralidade e um desrespeito sem tamanho ao direito de candidatos a concursos públicos. O processo é a ação ordinária Nº 1998.34.00.001170-0 classe 1300, que está no Tribunal Regional Federal da 1ª região (http://www.trf1..gov.br/) Autora: Glória M P Ribeiro e Rés: a União Federal e a Fundação Universidade de Brasília. Glória Maria fez concurso público pela Cespe-Unb para o cargo de técnico-judiciário, área-fim em 27/05/95 para o STJ, onde seu pai é ministro. Foi reprovada na prova objetiva. Entrou com uma ação cautelar e, adivinhem, obteve liminar. Fez a prova da segunda fase, a prova discursiva. Foi reprovada novamente. Entrou com nova ação para ver seus pontos aumentados. Adivinhem: ganhou nova liminar e mais: foi "nomeada provisoriamente" e está ganhando esse tempo todo no tribunal do papai (desde 1995!). Detalhe: Havia tirado 13,45 pontos e pediu que esses pontos fossem elevados a 28,22. Parece brincadeira, mas conseguiu. Seus pontos foram elevados num passe de mágica. O caminho das pedras foi arranjar um "professor particular" (isso mesmo!) que corrigiu sua prova, para quem estava tudo mais que certinho, e praticar o tráfico de influência de seu pai ministro, Antônio Pádua Ribeiro. Aí veio o julgamento do mérito do caso. O juiz federal de Brasília (1ª Instância), José Pires da Cunha, não caiu nessa e refutou o pedido, que considerou ilegal e imoral e ainda condenou Glória Maria Pádua Ribeiro, nas custas e honorários de R$10.000,00 (ainda existem juízes!), mas houve recurso ao Tribunal Regional Federal da 1ª região e, adivinhem, os juízes Fagundes de Deus, João Batista e Antônio Ezequiel louvaram a candidata, analisaram tim-tim por tim-tim sua prova e aprovaram-na com louvor! Debalde a Universidade de Brasília (UNB) peticionou dizendo que a prova foi igual para todos e não seria justo que um professor escolhido pela candidata corrigisse sua prova, a não ser que o mesmo professor corrigisse a prova de todos. Não é justo? A UNB argumentou que, pela jurisprudência, o judiciário não corrige provas de concurso, devido à independência da banca examinadora e porque senão a Justiça não faria mais nada, a não ser se transformar numa super-banca dos milhares de concursos. Todo mundo sabe o que houve nos bastidores. Houve apostas no meio jurídico se a "banca Pádua Ribeiro" iria conseguir. Veio agora recentemente a sentença do TRF 1ª região, 5ª turma, que é mais um descalabro, mostrando a necessidade do controle externo. Pádua Ribeiro e sua patota espoliaram o verdadeiro dono da vaga, que disputou em igualdade de condições e passou. Passou e foi preterido! Glória Maria de Pádua Ribeiro ganhou no tapetão sujo do tráfico de influência. De 13 pontos passar a 28, quando um décimo (veja bem: um décimo) já elimina muitos candidatos! A sentença analisa as preposições, as conjunções, a virgulação, a ortografia da redação, acatando a tese da "banca Pádua Ribeiro". Nem tudo está perdido. Existe recurso para o STJ, e todos esperam que a União Federal, a Advocacia da União e o Ministério Público Federal não fiquem coniventes. Se Glória Maria Pádua Ribeiro perder a causa, perde o cargo e o verdadeiro dono da vaga, pobre mortal sem padrinhos, será chamado. E agora vem a chave de ouro, a deixar claro que este País não é sério mesmo. O mesmo Pádua Ribeiro, ministro do STJ, pai da falcatrua acima relatada e de muitas outras praticadas por sua mulher, a famosa "Glorinha", está prestes a assumir o cargo de Corregedor do Conselho Nacional de Justiça (o chamado controle externo), conforme noticiado nos jornais. Parece gozação!... Divulguem. Divulguem. Vamos acabar com essa pouca vergonha!
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