Ex-ministro da Defesa fala que visita de Uribe ao Brasil é inconveniente
Agência Brasil
Ex-ministro de Defesa, Waldir Pires
Da Redação
mundo@eband.com.br
A visita do presidente colombiano Alvaro Uribe ao Brasil é considerada "nociva" e "inconveniente" pelo ex-ministro da Defesa e ex-governador da Bahia, Waldir Pires. Em entrevista ao portal ‘Terra Magazine’, Pires disse que a negociação dos EUA com a Colômbia para o uso de sete bases militares no país é vista como desnecessária. Pelo acordo, as bases de Palanquero (no estado de Cundinamarca), Aiay (em Meta) e Malambo passariam para o controle dos EUA.De acordo com o ex-ministro, a América Latina não precisa de bases militares de uma potência para estabelecer essa segurança. “Essas organizações bilaterais, no instante em que estamos todos empenhados numa multilateralidade de valores, de convivência pacífica, são inconvenientes. Não é esse o método”, disse Waldir Pires.Para Pires, as alianças que vêm sendo formadas na América do Sul são vistas como o começo de uma mudança e de um esforço comum para a melhora da América Latina. As relações com os Estados Unidos são bem vistas, mas livres das práticas viciadas de submissão e de subserviência.Plano ColômbiaÉ um plano criado pelo governo dos Estados Unidos em 2000 para combater a produção e o tráfico de cocaína na Colômbia. Além disso, tem o propósito de desestruturar as guerrilhas de esquerda, como as FARC, com ajuda financeira e militar dos EUA ao governo colombiano.O plano sofre diversas críticas, como a de que é usado para ampliar a presença militar dos EUA na América do Sul de forma indireta. Para o ex-ministro, o plano fortifica o mito de que os países da América do Sul não são capazes de se organizar e de ajudar o mundo a erguer uma ordem internacional de paz.Para ele, há esperança de que no governo de Obama estas expectativas possam ser alteradas. “A presença do Obama na condução política dos Estados Unidos representa um tal avanço na capacidade do seu povo de eleger o presidente da República, o chefe da Nação, que a expectativa é que isso resulte em transformações, em novos métodos, em novas capacidades comuns”.
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